ANTÓNIO VIEIRA LISBOA - Um poeta esquecido
PROFISSÃO DE FÉ
A Hernani Cidade
Eu quero apenas ser só Eu…
Beber depressa o ópio
da Vida - Sonho ou Ilusão,
conforme minha Mãe me concebeu.
Eu quero ser Eu próprio…
Viver a Vida toda Amor
só ao sabor
do Coração
Não procuro uma Vida calma,
nem traço dela um plano, um escorço…
Quero viver um e outro ano
apenas com um esforço:
-Deixar viver a minha Alma.
Eu não me evado de mim próprio…
Quero viver apenas como sou.
A Vida é Ópio
para quem uma vez provou.
Quero Viver depressa a Vida,
- em ascensão, de grau a grau -
sem Preconceito
que a outros intimida…
antes que Ela me torne mau.
Viver a Vida a eito, a prumo,
dum modo simples, natural…
sem êsse horrível mal
de lhe torcer o geito…e até o Rumo.
Aqui fica um poema do livro versos estranhos do poeta António Vieira Lisboa, publicado em 1940.
Esperemos que não seja esquecido o centenário do seu nascimento. (1908 - 2008 )
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